Intervenção externa
Após o polêmico FLAXFLU de ontem, a expressão intervenção externa ganhou o centro das resenhas futebolísticas de todo país, um lance que merecia narração de Galvão Bueno no estilo ouro do Phelps.
Pois bem, não é de hoje que os árbitros mudam sua decisão após deliberarem com seus assistentes, eles estão lá para isso, assim como os atletas fazem parte do jogo, podendo intervir no limite da ética desportiva e de suas competências, contudo as regras do futebol determinas pela FIFA e pela IFAB (International Football Association Board) ainda não permitem o recurso eletrônico com o famoso desafio que ofereceu momentos dramáticos nos jogos olímpicos. Dessa forma, ficou claro que embora normal a reclamação dos atletas do Flamengo, houve um acréscimo argumentativo ao comunicarem o árbitro que no tira-teima da TV verificou-se impedimento. Informação que configura violação as regras citadas haja vista ter existido intervenção externa, ainda que de forma indireta para contribuir na tomada de decisão do árbitro. A qual não deve ser presumida dependendo de elementos de prova para posterior sanção prevista no CBJD (Código Brasileiro de Justiça desportiva).
Como conter que o mais interessado, atleta, não se utilize dessa informação no seu apelo? Não seria exigir muito da natureza humana? Em tempos de arenas com a distância cada vez menor entre campo e arquibancada não poderiam torcedores passarem essa informação para os atletas?
A arbitragem tem segundos para decidir sem a necessidade de fundamentar a tomada de decisão, contudo não se pode excluir o humano ali presente, passível de erro, além dos elementos que o fazem tomar tal decisão. São a todo tempo robotizados sem os recursos de uma máquina, por que não os humanizar com a ajuda desta?
Espero que o episódio sirva para quebrar o paradigma de aversão a tecnologia. Não foi a primeira intervenção externa, fatos como esse serão cada vez mais frequentes caso o futebol não reflita o avanço tecnológico presente fora dele.
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